fluminense
No duelo entre os melhores times do returno no Orlando Scarpelli, o atual campeão brasileiro teve números inferiores ao adversário na posse de bola (43%), conclusões na direção do gol (seis contra sete do Figueirense) e ainda errou mais passes – 69 a 65 (números da Prancheta Eletrônica da Rádio CBN – veja AQUI).
Por que o Flu goleou e pulverizou a invencibilidade de 14 partidas do time comandado por Jorginho nos 45 minutos finais?
Eficiência. Para encaixar a marcação no meio-campo, como havia tentado no primeiro tempo sem sucesso, e encontrar no lado esquerdo o melhor caminho para os contragolpes às costas do ofensivo lateral Bruno. Mas, principalmente, para enfim encontrar Fred na área em condições de concluir. E acionar o camisa nove tricolor disposto a decidir é mais que um “atalho” para a vitória.
O Flu iniciou o jogo pensando apenas em se defender. Armou um losango no meio-campo: Edinho, mais plantado, marcava Elias; Diguinho e Marquinho bloqueavam Coutinho e Túlio, depois Jackson, e Deco duelava com Jonatas.
A equipe, porém, não tinha saída de bola e sofria com a movimentação de Elias, que obrigou Abel a trocar o posicionamento de Edinho e Diguinho, este mais centralizado para seguir o meia. Mesmo sem Ygor, suspenso, Maycon e Júlio César, lesionados, o time mandante, no habitual 4-3-1-2, se impôs com organização e toque de bola. Mas Aloísio não manteve o poder de fogo do ataque, que dependeu demais de Wellington Nem.
O Flu tentou algumas variações táticas para equilibrar as ações, como o retorno ao 4-2-3-1 de jogos passados – Sóbis e Marquinho abertos, Deco centralizado e Fred à frente, mas continuou penando. Também porque errava muitos passes na transição ofensiva. Ainda assim, teve a melhor chance com Rafael Sóbis batendo fraco diante do goleiro Wilson aos 43 minutos. A senha para o que viria depois do intervalo.